Tem falta que nunca vai deixar de faltar
Tem saudade que nunca vai deixar de apertar
Fomos ataques de riso
Fomos crises de choro
Fomos um tanto paraíso
Outro tanto desaforo
Fomos tudo que tinha que ser
e mais um pouco
Mas talvez Deus nos tenha imposto prazo de validade…
Ou seria o destino impiedoso que já se tinha resolvido?
Ou seria o sonho etérico que já se tinha dissolvido?
Cabia culpa ou culpado?
Cumpria prudência ou pecado?
Fato que, sem juízo,
perecia
Fato que, sem aviso,
despedida
Já não somos mais riso
Nem tanto mais choro
E assim fez-se de mim, tolo
E assim fez-se do tempo, oco
Agora falta
que nunca vai deixar de faltar
Agora saudade
que nunca vai deixar de apertar
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