Era para ser a mulher da minha vida
Escolheu me matar um pouco todo dia
Parto assim desse cais sem destino
Pois de dor minh’alma perece em desatino
Não há razão para continuar ancorado
Meu coração já velho e despedaçado
Não merecia assim ser maltratado
Me levo portanto para longe
Me jogo no entanto para o onde
– que sejam os perigos do mar,
ante insuportável solidão de te amar
Deixe um comentário