Há um buraco onde me enfio voluntariamente
Há um abismo que me consome absurdamente
Há um terror travestido de conforto
Há um ódio composto de aborto
Nas escuras mazelas de minha índole
Reside o mal de todo meu mundo
Reside o monstro que compõe meu ser imundo
Como é possível ter tanta raiva do espelho?
Como é possível se olhar na cara e sentir medo?
Como é possível não aceitar o próprio enredo?
Só queria dormir com vontade de acordar…
Só queria aprender a me amar…