Em minha mão, cada fio do seu cabelo se agarra aos meus dedos atrás da sua cabeça como raízes buscando água em nosso suor.
Meu outro braço te abraça com força, transpassando suas costas até chegar do outro lado da sua cintura.
Você me arranha delicadamente as costas.
Nos lábios, a mordida que não machuca por pouco.
Nossas pernas e pés enrolados em perfeito nó.
Nó feito e perfeito, agarrados para nunca mais ser defeito.
Devagarinho, ele sentindo ela apertar cada centímetro de mim.
O tempo deixa de existir.
A matéria vira etérea.
Plural se expande a singular.
Quem disse que dois corpos não podem ao mesmo tempo ocupar o mesmo lugar?